um dia
temos a companhia de todos os lobos
de todas as máscaras
e dos números ímpares
depois
nem por isso sabemos de cor
a canção dos canteiros
que sempre estiveram ali
junto ao coração distraído
dos nossos dias
gastamo-nos em histórias
em notícias
em novelas
em mexericos
gastamo-nos em poses
rígidas
de uma tradição demente
um dia
temos a mania
de querer ser
o centro das atenções
no outro
já não temos manias
já não nos deixam ter manias
e somos o centro
decadente
de todas as atenções.