moro sozinho
na penumbra dos olhos 
e do coração 
apenas a melodia morna das canções
entardecidas dos melros
voláteis
e
a brisa pintada de bruma e de gente
que já não tenho
vêm acariciar este perfume sossegado 
da noite de eu 
aceso
no silêncio tranquilo
das sombras
atiro algumas perguntas
em direcção ao espanto
surdo das luzes apagadas 
das nuvens
e não tarda
chegam até mim alguns ecos
quebrados de vozes
que não conheço.
Recolhemos no gesto e no eco
ResponderEliminaras nervuras de sal sem rosto...
Belo poema solitário o seu!
S