não há dedadas nestas canecas
de barro nem bonecos com beiças 
estranhas 
e eu não tenho dúvidas: 
precisava de experimentar
outra vez
a rotina fugidia de parcelas
distantes e macias 
como o cheiro amarelo da língua
dos jarros
e o bafo morno do granito molhado 
pela neblina dos algarismos
outonais de todos 
os que de mim 
partiram
numa embarcação selvagem
presa por clips
e saliva de flamingo
ao longe a voz da água
chama pela labareda cristalina
da melancolia
e o tempo quase
morre.
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