Qualquer que seja a montra
Do teu corpo
A que a tela de meus olhos
Se aconchegue
Não perguntarei nunca pela tua cor
O gesto e a vontade
Não se medem
No físico metálico dos espaços.
Desapareceu o medo
Da língua do credo da História
E do tempo de mudar
Os tempos
Nasceu um traço de tinta e de fé
Uma luz adiante da fronteira
E uma brisa de montes ali.
Qualquer que seja a montra
Do teu corpo
A que a tela de meus olhos
Se aconchegue
Não perguntarei nunca pela tua cor
A mão e a alma não se limitam
Ao armário da carne
A mão estende-se exactamente
Inteira
Pelas planícies todas de nós
A alma planta-se completamente
Grande
Naquilo em que se acredita.
Qualquer que seja a montra
Do teu corpo
A que a tela de meus olhos
Se aconchegue
Não perguntarei nunca pela tua cor.
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