tenho a tua imagem
numa fagulha de luz
pertences-me à jornada
desde o começo
sou
ainda e sempre
aquele puto descalço
cheio de perguntas no sono
impaciente
à espera que amanheça
perto de mim rebentam
a cada passo
sebes cheias de lábios
e às vezes há grades
de orvalho
na planície da minha alma
mas o teu nome basta
mãe
para que o medo ancorado
nas dúvidas e nos sobressaltos
se extinga
às vezes nunca saíste
de mim.
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